Deixo aqui uma nova versão para esse tema jocoso, outros poetas também ja versaram sobre esse temática. ( quem conhecer, comparem e vejam que a única coincidência é o tabaco. Digo sempre não ao plágio, e também jamais publicarei esse cordel em respeito aos meus colegas de arte. E viva o CORDEL )
O TABACO CURADOR.
Eu vou contar pra vocês
Sem precisar de alarido,
Uma história verdadeira
Pois é fato acontecido.
Da mulher que deu o tabaco
Sem permissão do marido.
Ela sempre dava um jeito
Guardando dentro dum frasco,
Casca de angico, mastruz
Pra curar doente fraco.
Mas seu melhor remédio,
Estava no seu tabaco.
No povoado existia
Uma velha benzedeira,
Sarava febre terçã
Curava até lombrigueira,
Mas quando não conseguia,
Chamavam dona Pereira.
Dona Maria Pereira
Tinha o remédio correto,
Receitava garrafada
Que matava até inseto.
Mas quando isso não servia
O seu tabaco dava certo.
Tinha homem que fingia
Está com dor na espinhela,
Que a doença adquiriu
Levantado uma gamela.
Mentia somente para
Cheirar o tabaco dela.
Quando ela ia passear
Era grande o alarido,
Tinha gente que gritava
E por todos era ouvido.
“É essa que dá o tabaco”
“Na frente do seu marido”.
O marido de tanto ver
O que a sua mulher fazia,
Um dia disse para ela
-Me faça um favor Maria:
Pare de dar seu tabaco
Pelo menos por um dia!
Ela disse:- não se meta
Com aquilo que não é seu,
Pois eu dou pra qualquer um
É só dizer que adoeceu,
Que eu curo na mesma hora,
Dando o tabaco que é meu.
Às vezes formava fila
Que dobrava quarteirão,
Tinha cabra que dizia:
-Hoje daqui saio não.
Se eu não cheirar o tabaco
Pelo menos passo a mão.
Orgulhosa do produto
Que curava até sezão,
Dona Maria ficava
Sentada a disposição.
Para mostrar o tabaco
Que curava multidão.
Em sua casa chegou
Um repórter de Tv.
Dona Maria abriu a porta
E ele disse:- Quer saber?
Eu vou filmar seu tabaco
Para todo mundo ver (...)
Assis coimbra
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