NARRADOES E CORDEL
É nosso nome popular,
Passam dias passam meses
Nossa arte é CORDELAR.
Você que não conhecia
Hoje aqui vai conhecer.
O que nós dos NARRADORES
Temos pra lhe oferecer.
Pedimos para vocês
Que prestem muita atenção,
Na rima que o cordel tem
Sua metrificação.
Cordel é literatura
Que veio lá de Portugal,
E aportou na Bahia
No tempo colonial.
E logo foi bem aceito
Pelo povo do lugar,
E também por sul e norte
Com seu verso popular.
O cordel fala de tudo
Que se possa imaginar,
Fala até de Lampião
O conto mais popular.
E de Maria bonita
A mulher de Lampião,
E também de “Padim Ciço”
De sobrenome ROMÃO.
Ele fala de João Grilo
E de Pedro Malazartes,
De Matheus e de Chicó
Retratando suas “artes”.
Fala de muitos flagelos
De seca lá no sertão,
Fala de Mandacaru
Xique-Xique e Cansanção.
Fala de peste e guerra
Que causa devastação,
E não esquece tsunames
Causando destruição.
De Pavão misterioso
Que voa longas jornadas,
E famintos retirantes
Vagando pelas estradas.
Fala da mulher rendeira
Fiando seu algodão,
De vaqueiro e vaquejada
Nos dias de apartação.
Retrata muitas histórias
De princesas encantadas,
E também de feias bruxas
Que se transformam em fadas.
O poeta cordelista
Escreve de tudo um pouco,
Seja ele um erudito
Ou até mesmo um “CABÔCO”
Vou pedir para vocês
Que depois peguem papel,
E quando chegarem em casa
Escrevam nele um cordel.
Assis Coimbra. Todos direitos reservados.
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