segunda-feira, 4 de agosto de 2014

A fantástica história do macaco que não gostava de banana.







AQUI UMA PARTE DO MEU NOVO LIVRO (TITULO ACIMA) QUE CONTA A SAGA DE UMA FAMÍLIA DE MACACOS, CUJO FILHO FOI RAPTADO E SEUS PAIS VÃO EM BUSCA PARA RESGATA-LO DAS MÃOS DO TERRÍVEL CAÇADOR. NESTA EPOPEIA EM CORDEL, ELES ENFRENTAM VÁRIOS OBSTÁCULOS REAIS COMO: QUEIMADAS, RIOS POLUÍDOS E O CAOS DAS CIDADES GRANDES. E PERSONAGENS DO UNIVERSO FANTÁSTICO: CAIPORA, BOITATÁ, FADAS E UMA TERRÍVEL BRUXA!! 

Se gostarem e souberem de Editoras interessadas, indiquem que levo o texto para ser apreciado. É uma obra lúdica e ecológico. 

Autor: Assis Coimbra.( Engatinhante na arte da vida e do cordel)
AQUI, A PARTE DO ENCONTRO COM A TERRÍVEL BRUXA DA FLORESTA.

Como estava anoitecendo
A Mãe – da - Lua cantou
Soltando um pio agourento 
Que o macaco ali parou.
E a macaca de assustada,
Um grande grito soltou.
*
-Vamos ter calma querida 
Disse o macaco tremendo:
-A Mãe - da- Lua cantou
Porque a lua está nascendo.
Mas vamos continuar
Que o tempo está “correndo”.
*
Nem acabou de falar
De novo a ave cantou,
E dessa vez foi mais alto
Que na floresta ecoou.
Fazendo tanto barulho
Que toda fauna acordou.
*
Foi neste exato momento
Que até a lua se “escondeu”,
Por detrás de grande nuvem
Logo desapareceu.
E como se fosse mágica
A floresta escureceu.
*
Foi formando um nevoeiro
Com trovões e ventania,
Raios riscavam no céu
Que até a terra tremia.
E o macaco pai falou:
-Isso pode ser magia!
*
Um forte cheiro de enxofre
Foi se espalhando no ar,
Também manto de fumaça
Envolveu todo lugar.
E dali surgiu uma bruxa
Gargalhando sem parar.
*
Com toda sinceridade
A mentira eu não professo,
Mas se tivesse um concurso
Ou mesmo fosse um congresso,
Pra ter a bruxa mais feia
Essa ganhava, confesso.
*
Igual pedra de esmeril 
Os seus olhos faiscavam,
E seus peitos de tão grandes
Em suas pernas tocavam.
Tinha um pé maior que o outro
E os braços pra trás ficavam. 
*
Seu nariz era tão grande
Verrugas tinha de monte,
Tinha cabelos de "embira"
Um tumor tinha na fronte.
E os quatros dentes caninos
Lembrava um rinoceronte.
*
Os nossos heróis com medo
Encontravam se escondidos,
E no alto de uma árvore
Estavam ali encolhidos.
E a bruxa desconfiada
Resmungava em alaridos.
*
-Sinto cheiro e é de estranhos
E de certo estão me vendo.
Vou pegá-los e botar
Em um caldeirão fervendo.
A macaca ouvindo isso,
De medo ficou tremendo.(...)

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