sábado, 11 de junho de 2011

Cordel sobre a Capela e morro Santo Antonio.



Aqui na nossa querida cidade de Ribeirão Pires (estância), cercada de mata atlântica remanescente, manancial e fauna natural, onde tenho o orgulho de morar desde 1968. Temos um morro que chamamos de mirante, (dá para se enxergar quase toda cidade) e em cima do mesmo, tem uma linda capela chamada Santo Antonio. Para vocês um pequeno trecho de um cordel que estou escrevendo sobre os mesmos.

Pra Deus rogo inspiração
Pra não tropeçar na rima,
Que bonito panorama
Temos daqui de cima
Parece que do horizonte
A gente até se aproxima.

Vemos a mata atlântica
Vegetações divinais,
Protegendo a sua flora,
Com flores angelicais,
Regadas com muita água
Que são os mananciais.

Aqui em cima do mirante
Ficamos perto de Deus,
Ô Virgem Mãe soberana
E mãe do rei dos judeus,
Protegei nossa cidade,
Ampare nos braços seus.

Quero lembra a você
Que procura casamento,
Que peça pra Santo Antonio
Nesse exato momento.
Quem sabe o seu pedido,
Torne-se um bonito evento.

Santo Antonio é um santo
Fraterno e casamenteiro,
Se ele atender seu pedido,
Você casará ligeiro.
Mas se conselho quer um,
É melhor ficar solteiro (...)

Assis Coimbra

segunda-feira, 6 de junho de 2011

CORDEL NOS BRAÇOS DA POESIA PARTE- III

Imagem extraída do Google.

Nos braços da poesia
Sou Vinicius, sou Camões.
Sou Drummond, sou Castro Alves.
Sou conflito e sou paixões.
Sou Marília, sou Dirceu.
E os belos cantos de Orfeu,
Apascentando corações.

Nos braços da poesia
Sou um canto de ninar.
Sou a doçura do beijo
Na hora de acalentar.
Sou a criança sorrindo,
Pingo de orvalho caindo,
Pra semente germinar.

Nos braços da poesia,
Eu me encontro submerso.
Coletando inspiração,
Pra depois fazer um verso.
Vejo a lua todo dia,
Bem junto da estrela guia,
Cintilando no universo.

Nos braços da poesia
Tem riso, lamento e pranto.
Lembrança de Zilda Arns
No céu com sagrado manto.
“Tem Calcutá de Tereza”,
Tem Irmã Dulce e pobreza,
Irrisão pra todo canto.

Nos braços da poesia
Beijo a morena sestrosa.
Beijo Clarice Lispector,
Das musas a mais formosa.
Beijo também Delamar,
Minha sereia do mar,
Com seu perfume de rosa.

Nos braços da poesia
Sou a brisa, sou o vento.
Sou a paz para o planeta
Que falta nesse momento.
Eu sou o trigo, sou o pão.
Que falta para o irmão,
Que vive no sofrimento.

Nos braços da poesia
Sou o fogo de Prometeu.
Sou a caixa de pandora
Com todo segredo seu.
Eu sou um quadro sem risco
Teatro, circo obelisco,
E a bravura de Teseu.

Nos braços da poesia
Canto hinos de louvor
Lamento perdas de vidas
Exalto o Deus criador.
Respeito todas as crenças
E a pior das sentenças
Pro ser vil e traidor.

Nos braços da poesia
Sou um anjo de candura,
Sou um riso de criança
Que transmite só ternura.
Sou a estrela cadente
Com seu brilho incandescente
Brilhando na noite escura.

Sou histórias de ninar
Para criança dormir.
Sou o pão que alimenta,
Pra com o outro dividir.
Sou o fruto, sou bondade,
Que alimenta a caridade,
Na hora de repartir.

Assis Coimbra. Todos direitos reservados