Se não chove no sertão,
Secam açudes, riachos
Fazendo rachar o chão.
A lavoura não floresce,
E o nordestino padece,
Por falta de água e pão.
A fome se manifesta
Por falta de chão molhado
Não tem milho pra galinha,
Nem pasto verde pro gado.
Os sertanejos padecem
E às vezes até falecem,
De tanto ser flagelado.
Parece que é mesmo intriga
Da chuva com meu sertão,
Chove no sul e sudeste
Aqui só ronca o trovão.
A chuva vai pro oeste,
Não caindo no nordeste,
Nem água de cerração.
A vida toda se altera
Por falta de irrigação,
A semente que é plantada
Torra de baixo do chão.
Todo ser vivo padece
De tanto que o sol aquece,
Secando até cacimbão.
Qual o inferno de Dante
É lamento pra todo canto,
Crianças choram com fome
Mas só ganham acalanto.
Amigo a fome é tão triste
Que o mais forte não resiste,
Sem deixar cair um pranto.
Assis Coimbra: Todos direito reservados.
Só quem já passou por isso
ResponderExcluirSabe o tamanho sofrer
Quem não passou desconhece
E não sabe o que dizer
A seca com seu capricho
Faz homem, mulher e bicho
Todos juntos padecer
PAULO GODIM, OBRIGADO PELA VISITA. Abraços "CORDELADOS".
ResponderExcluirsao muito bom
ResponderExcluirA seca está acabando com o nosso Litoral e por conta disso o planeta ñ esta suportando mais e esta sofrendo cada dia mais e mais! <3
ResponderExcluirSECA
ResponderExcluirPaulo Gondim
24/04/2012
Nuvem escura
Vento quente
O céu se abre
Chuva de repente
Simples sonho
Mera utopia
O pensamento
Fez de conta que chovia
De pé, na porta,
O olhar distante
Céu infinito, azul,
No Sertão, é desconfortante
Do sonho, ao desânimo
Sem espiga, sem grão
Prenúncio da fome
Praga do Sertão
Mais uma vez, a seca
Resseca o chão
Restringe vida
Mata a esperança
Acaba-se o pão
a seca só trás prejuízos
ResponderExcluirmuito boa uma realidade pura
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