Cresce cada vez mais entre os educadores e professores o interesse pela literatura de cordel, essa maravilhosa forma de contar em versos (seja em quadra, sextilha ou setilha), histórias que encantam os ouvintes, não importando o gênero: jocoso; trágico; aventura; história de amor ou mesmo servindo como instrumento jornalístico. É com particular satisfação que constato essa valorização, tendo em vista minhas origens culturais que tanto tenho lutado para preservar. Da minha infância e adolescência, marcadas pela cultura popular nordestina, eu Assis Coimbra, lembro-me bem e particularmente de quando morava em São José dos Perdidos, antigo vilarejo de Caxias, Maranhão e via chegarem os poetas repentistas atraindo as famílias para audições atentas de muitas estórias envolventes, como a do pavão misterioso, a chegada de Lampião ao inferno, contos de fada ou mesmo notícias das cidades grandes, que de outra forma não poderiam chegar àquele pequeno povoado, por falta de veículos de comunicação. Terminada a cantoria, que era como se chamavam as apresentações, ia deitar-me em minha humilde rede, embalado pelas estórias, que me impressionavam pelas aventuras vividas por seus personagens, além da musicalidade e oralidade que permaneciam gravadas em minha mente. Tal emoção fazia-me sonhar em um dia ser um cantador ou cordelista para contar em versos as estórias de “trancoso” (referência ao escritor português, Gonçalo Fernandes Trancoso, ou fruto do imaginário popular), que eu costumava ouvir minha mãe contar. Universo literário do qual agora faço uso nesse novo trabalho: ‘ECORDELANÇA” com a dupla finalidade de sensibilizar sobre a importância da preservação ambiental, por meio da linguagem melódico-poética de uma das mais fascinantes vertentes da cultural popular do Nordeste: A literatura de cordel.
Assis Coimbra.
Parabéns pelo seu trabalho.
ResponderExcluirParabéns pelo seu trabalho! Parabéns!
ResponderExcluirObrigado querida Hebe. Abraços "CORDELADOS".
ResponderExcluirAssis Coimbra amigo
ResponderExcluirÉ minha a satisfação,
Neste Domingo cedinho
Ter a sua saudação
Que é poeta querido,
Por que já foi inserido
Dentro do meu coração.
Assis Coimbra amigo
ResponderExcluirÉ minha a satisfação,
Neste Domingo cedinho
Ter a sua saudação
Que é poeta querido,
Por que já foi inserido
Dentro do meu coração.