Assis Coimbra. (Engatinhante na arte da vida e do cordel)
Um matuto falando para o outro...
Cumpadl vou lhi contá
É fato mais qui provado,
Fiquei pensano um bucado
Mode dispois lhi falá.
Ninguém podi cumpará,
Cum sentavo ou cum vintén.
Nem cum mi nota de cem,
Cum trasêro cubiçado.
Por isso é qui tá provado,
U PODER QUI A BUNDA TEM.
*
É qui nas mias andança
Em cidadi i puvuado,
Fiquei mei abestaiado
Ao oiar muitha “fartança”.
Pois ao vê muitha “abundança”
Quasi inté me dá um “trem”.
Oiano muié que tem
Um bum bum aribitado.
Por isso é qui tá provado,
U PODER QUI A BUNDA TEM.
*
Óio na tilivisão
Muié di tudo que jeitho,
Cun corpão todo peifeitho
Vendeno moto e carrão.
Abisorventi i loção
Mostrano as curvas que tem,
E rebolano vão e vem
Cum vistitin bem grudado.
Por isso é qui tá provado,
U PODER QUI A BUNDA TEM.
*
Vejo inté qui arguma dela
Usa um tá de siliconi,
Modi parecê um cloni
Iguá muié de novela.
Inda aumentão os peitin dela
Pois é assim qui cunvém
Dispois dis qui é atriz tumém
E tá pronta pru mercado.
Por isso é qui tá provado,
U PODER QUI A BUNDA TEM.
*
Eu inté já uvi dizê
Qui acunteci in iscritóro,
Tumem nus laboratóro
Qui quando é modi iscolhê,
Arguem modi promovê,
Sapiença nun cunvem.
Mais sin a mué qui tem
Um trazero arredundado.
Por isso é qui tá provado,
U PODER QUI A BUNDA TEM.
*
Meu bom amigo “Mané”
Fico inté mi preguntano,
Cuma a coisa tá ficano
Em Deus vão perdê a fé.
Pois não dimora in café
Ni sua inbalagem vem,
Muié cem roupa tumêm
Prá mió ser disgustado.
Por isso é qui tá provado,
U PODER QUI A BUNDA TEM.
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Imagem: Extraída do Google.
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