segunda-feira, 7 de novembro de 2016

SAUDADES DEMAIS DO SERTÃO! Por isso as compartilho em versos!!


Versos esses, que estarão presente em meu próximo trabalho teatral. Se Deus quiser, e ele quer!!

Assis Coimbra. (Engatinhante na arte da vida e do cordel)

Às vezes sinto saudade
Do voo da passarada,
Do pio do bacurau
Deixando a noite encantada,
Tenho lembrança da choça.
Para o descanso na roça,
No meio da milharada.
*
Do luar tenho saudades
Alumiando o terreiro,
Dos vaga-lumes nas moitas
Brilhando que nem braseiro!
Do milho que a gente assava,
Quando a espiga encostava,
Na brasa do fogareiro.
*
Nunca me sai da lembrança
O aboiar do vaqueiro,
Correndo atrás do gado
Com seu cachorro trigueiro,
Sempre com verso bonito,
Ecoando no infinito,
Nas serras do tabuleiro.
*
Das estórias de Trancoso
Que toda noite eu ouvia,
Das caçadas de tatu
Do canto da cotovia,
Das festas de são Gonçalo,
Do belo canto do galo,
Quando clareava o dia.


Não fazer uso sem a devida permissão do autor!
Direitos autorais protegidos
pela Lei nº. 9.610 de 19/02/1998.

Imagem: Após apresentação, com um publico mais que especial!

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