Imagem extraída do Google.
Treco da obra A MARCHA DA HUMANIDADE E A DEGRADAÇÃO DA NATIREZA.
Autor: Assis Coimbra.
Peço ao mestre dos
mestres
Que é testemunho
ocular,
Que se eu esquecer me
ajude
Pois eu tenho que
narrar,
O que Cabral e outras
corjas
Fizeram nesse lugar.
*
Amigo caro leitor,
A quem tenho lealdade,
Vou falar desses
algozes
Contar-lhes toda a
verdade
Pra nunca ser
esquecido
Tamanha imoralidade.
*
De Brasil “quinhentos
anos”
Agora eu passo a
falar,
Que há pouco tempo
atrás
Alguém quis
comemorar,
Mas aconteceram fatos
Que não quiseram
lembrar.
*
Eu não sei se de
propósito,
Ou por puro
esquecimento,
Ou se fecharam os
olhos
Pra algum acontecimento;
Eu só sei que muitos
fatos
Não citaram no
evento.
*
Quando Cabral cá
chegou,
Em 22 de abril,
Encontrou muitas
riquezas,
Inclusive o
pau-brasil
E dele deu-se o nome
Pra essa terra
varonil,
*
Encontrou muitos
biomas,
Inclusive a Mata
Atlântica,
Muitas áreas de
Cerrado,
A Amazônia romântica.
De qualquer canto que
olhava,
A vista era
panorâmica.
*
A vegetação intensa,
De mata até a
Caatinga,
Tinha matas ciliares,
E também a de
restinga,
E água do pantanal
Prá abastecer a
moringa.
*
Os rios eram todos
limpos
Com peixes em
quantidade,
Os índios eram
milhões
Fazendo festividade,
Tomavam banho e
pescavam,
Demonstrando
agilidade.
*
Viviam grande
harmonia
Nas tribos em que
moravam,
Curumins brincavam
livres
Na terra que tanto
amavam,
Sem saber que os estranhos
De longe os
observavam.
*
Os índios quando
notaram
Estranhos nas suas
terras,
Ficaram muito
espantados,
Alguns fugiram pras
serras,
E outros foram
correndo,
Mas muitos travaram
guerras.
*
E Cabral com suas
tropas
Bolaram logo um plano
Pra chegar perto dos
índios,
Sem cometer um
engano,
Pois, qualquer pisada
em falso,
Entrariam pelo cano.
*
Depois de muito
tentar
E muitos homens
perder,
Os índios iam
lutando,
Pois não queriam
ceder,
Até que milhares
deles
Começaram a morrer.
*
Passando o tempo, os
brancos,
Alguns índios
conquistavam,
Mas para conseguir
isso,
Até presente lhes
davam.
Com outros não tinha
acordo,
E a lutar
continuavam.
*
Mas aos poucos
descobriram
Mais riquezas pra
levar,
Que além do
pau-brasil
Tinha muito a
explorar,
Ouro, bauxita e prata,
Minério em todo
lugar.
*
A notícia das
riquezas
Pela Europa chegou,
E mais do que de
repente
A França pra cá
mandou,
Homens para conhecer
O que de bom se
falou.
*
Desta forma, outros
países
Por aqui também
chegavam,
As missões eram as
mesmas
Dos outros que aqui
estavam:
Extraindo e
devastando,
Tudo aquilo que
encontravam.
*
Em meio a todo
furdunço
E toda aquela
masmorra,
Portugal tomou as
rédeas
Pra botar ordem na
zorra,
Mas quando a coisa
está feia,
Não há santo que
socorra!
*
Em mil quinhentos e trinta
Uma expedição chegou:
Era a “colonizadora”,
Que aqui desembarcou.
“Agora aqui vai ter
ordem!”
Logo seu chefe
gritou.
*
Esse era Martin
Afonso,
Que um povoado
fundou.
Foi de Vila São
Vicente
O nome que ele
chamou,
Deixando logo bem
claro
Que a colônia
começou.
A missão da
expedição,
Além de colonizar,
Era expulsar daqui
Os povos de outro
lugar,
Que queriam as
riquezas
Daqui também retirar.
*
Travaram-se grandes
lutas,
Matavam por desaforo,
Tudo isso por
ganância
E a conquista do ouro
E também do pau-brasil,
Que valia um tesouro.
*
Dos índios tomavam as
terras,
Os que lutavam
morriam,
Porém os prisioneiros
Catequizados seriam.
Depois de feitos
escravos,
Todo serviço faziam
(...)
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Assis Coimbra. Todos direitos reservados.
Que lindo este seu versejar,
ResponderExcluirContido lá na garganta,
Tão lindo de se soltar,
Mas para soltá-lo ao mundo,
tão belo e tão profundo,
Só mesmo se CORDELAR!
Leandro Coimbra
http://leandroempoesia.blogspot.com.br/
Possível ver a homenagem que o Poeta, Escritor, Pensador e Compositor Leandro Coimbra fez ao senhor Assis Coimbra neste link:
ResponderExcluirhttp://www.recantodasletras.com.br/cordel/3970377
Obrigado amigo Leandro Coimbra por suas palavras elogiosas, pois as mesmas devolvo a ti. Volte sempre para visitar seu amigo das quebradas do Maranhão. Abraços "ARTEIROS E CORDELADOS".
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