sábado, 15 de outubro de 2011

UM PORRE DE POESIA.


Imagem extraída do google

Um porre de poesias
Eu já tomei com Camões,
“Me embriaguei” com Drummond,
Poeta das multidões.
Também bebi com Orfeu,
E o drinque que ele me deu,
De versos tinha milhões.

Eu quero tomar um gole
Da bebida poesia,
Pra poder escrever versos,
Pra meu amor todo dia.
E depois de embriagado,
Com ela vôo de lado,
Pra junto da estrela guia.

Fernando Pessoa só,
Vivia cambaleando.
Pois doses de poesia,
Deixavam-lhe “variando”.
Mas mesmo com tal loucura,
Ele inspirou com ternura,
Aquele que faz mestrando.

Um porre de poesias
Vi Jorge Amado tomar,
Abraçado com Gattai,
Os dois bebiam sem parar.
Vi Vinicius de Moraes,
Até a Guiomar Novaes,
Num sarau se embriagar.

Um porre de poesias
Guimarães Rosa tomou,
Para escrever Sagarana
Que muitos contos narrou.
Entre eles Sarapalha
Drama, bonito e sem falha
Que o teatro consagrou.

Baco transformou uvas
Em vinhos com poesias,
E o povo comemorou
Bebendo todos os dias.
Assim fizeram cortejos,
Com farra, sexos e beijos,
Nas mais profanas orgias.

Assis Coimbra. Todos direitos reservados.

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