segunda-feira, 15 de agosto de 2011

CORDEL EM QUADRA. ( Musicado, para apresentação dos NARRADORES DE CORDEL )


NARRADOES E CORDEL
É nosso nome popular,
Passam dias passam meses
Nossa arte é CORDELAR.

Você que não conhecia
Hoje aqui vai conhecer.
O que nós dos NARRADORES
Temos pra lhe oferecer.

Pedimos para vocês
Que prestem muita atenção,
Na rima que o cordel tem
Sua metrificação.

Cordel é literatura
Que veio lá de Portugal,
E aportou na Bahia
No tempo colonial.

E logo foi bem aceito
Pelo povo do lugar,
E também por sul e norte
Com seu verso popular.

O cordel fala de tudo
Que se possa imaginar,
Fala até de Lampião
O conto mais popular.

E de Maria bonita
A mulher de Lampião,
E também de “Padim Ciço”
De sobrenome ROMÃO.

Ele fala de João Grilo
E de Pedro Malazartes,
De Matheus e de Chicó
Retratando suas “artes”.

Fala de muitos flagelos
De seca lá no sertão,
Fala de Mandacaru
Xique-Xique e Cansanção.

Fala de peste e guerra
Que causa devastação,
E não esquece tsunames
Causando destruição.

De Pavão misterioso
Que voa longas jornadas,
E famintos retirantes
Vagando pelas estradas.

Fala da mulher rendeira
Fiando seu algodão,
De vaqueiro e vaquejada
Nos dias de apartação.

Retrata muitas histórias
De princesas encantadas,
E também de feias bruxas
Que se transformam em fadas.

O poeta cordelista
Escreve de tudo um pouco,
Seja ele um erudito
Ou até mesmo um “CABÔCO”

Vou pedir para vocês
Que depois peguem papel,
E quando chegarem em casa
Escrevam nele um cordel.

Assis Coimbra. Todos direitos reservados.


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