terça-feira, 12 de julho de 2011

Poeta Mor


Poema dedicado a João Cabral de Melo Neto. Por "Morte e vida Severina"

Meu amigo pra ti foi garantido,
Apanhar muitas flores nas campinas
Fazer versos e estrofes, obras primas
Esse dom pra você foi permitido
Pois a musa te deu sexto sentido,
Para ser um poeta de verdade,
Carregando na mente a claridade
Cintilando a mais bela poesia.
É por isso que afirmo noite e dia,
ÉS O BARDO MAIOR DA IRMANDADE.

utarquia dos Vates brasileiros
Bebe mote, digere cospe rima,
Vaz do cordel bom lirismo, obra prima.
E na métrica é também um dos primeiros.
Menestrel, entre poucos verdadeiros
Que faz trovas no campo e na cidade.
Trás na fronte a ternura do abade,
E o orgulho de toda prelazia.
É por isso que afirmo noite e dia,
ÉS O BARDO MAIOR DA IRMANDADE.

O seu mote tem riso de criança
E a beleza do lindo BEIJA-FLOR,
O plainar bem rasante do Condor
Semeando a mais pura “aventurança”.
Faz do verso, renascer à esperança,
Ao pedinte que vagueia na cidade
Que “esmolando”, pede por caridade,
Refeição para barriga vazia.
É por isso que afirmo noite e dia,
ÉS O BARDO MAIOR DA IRMANDADE.

Assis Coimbra. Todos direitos reservados

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