quarta-feira, 20 de abril de 2011

TEMPO DE SECA NO SERTÃO.

IMAGEM EXTRAÍDA DO GOOGLE


Tudo se torna um tomento
Se não chove no sertão,
Secam açudes, riachos
Fazendo rachar o chão.
A lavoura não floresce,
E o nordestino padece,
Por falta de água e pão.

A fome se manifesta
Por falta de chão molhado
Não tem milho pra galinha,
Nem pasto verde pro gado.
Os sertanejos padecem
E às vezes até falecem,
De tanto ser flagelado.

Parece que é mesmo intriga
Da chuva com meu sertão,
Chove no sul e sudeste
Aqui só ronca o trovão.
A chuva vai pro oeste,
Não caindo no nordeste,
Nem água de cerração.

A vida toda se altera
Por falta de irrigação,
A semente que é plantada
Torra de baixo do chão.
Todo ser vivo padece
De tanto que o sol aquece,
Secando até cacimbão.

Qual o inferno de Dante
É lamento pra todo canto,
Crianças choram com fome
Mas só ganham acalanto.
Amigo a fome é tão triste
Que o mais forte não resiste,
Sem deixar cair um pranto.

Assis Coimbra: Todos direito reservados.

7 comentários:

  1. Só quem já passou por isso
    Sabe o tamanho sofrer
    Quem não passou desconhece
    E não sabe o que dizer
    A seca com seu capricho
    Faz homem, mulher e bicho
    Todos juntos padecer

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  2. PAULO GODIM, OBRIGADO PELA VISITA. Abraços "CORDELADOS".

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  3. A seca está acabando com o nosso Litoral e por conta disso o planeta ñ esta suportando mais e esta sofrendo cada dia mais e mais! <3

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  4. SECA
    Paulo Gondim
    24/04/2012

    Nuvem escura
    Vento quente
    O céu se abre
    Chuva de repente

    Simples sonho
    Mera utopia
    O pensamento
    Fez de conta que chovia

    De pé, na porta,
    O olhar distante
    Céu infinito, azul,
    No Sertão, é desconfortante

    Do sonho, ao desânimo
    Sem espiga, sem grão
    Prenúncio da fome
    Praga do Sertão

    Mais uma vez, a seca
    Resseca o chão
    Restringe vida
    Mata a esperança
    Acaba-se o pão

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  5. a seca só trás prejuízos

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