QUEM QUISER CRITICAR A TRANSPOSIÇÃO, FIQUE A VONTADE! Pois a seca...Só quem passou, sabe! E eu sei!!

Assis Coimbra. ( Engatinhante na arte da vida e do cordel )

Tudo se torna um tormento

Se não chove no sertão,

Secam açudes, riachos

Fazendo rachar o chão.

A lavoura não floresce,

E o nordestino padece

POR FALTA DE ÁGUA E PÃO!

*

Sem pedir consentimento

Vem seca avassaladora,

Destruindo vida e sonhos

De gente trabalhadora.

O agricultor fica triste

Mas finca o pé e resiste,

MESMO PERDENDO A LAVOURA!

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POEMA LUSO.

Mote e glosa:Assis Coimbra​.(Engatinhante na arte da vida e do cordel)

Os Lusíadas, livro de Camões

Quem já leu, vai querer reler de novo,

Pois retrata em façanhas Luso povo

Que em conquista já foram campeões.

E "Luiz" por ser um dos seus "varões"

Em poema deixou tudo contado,

Sendo D."Bastião" muito exaltado

Pois foi rei destemido e corajoso!

Mas poeta, como és bem "rigoroso",

PERDÃO PEÇO SE ERREI NO MEU "NARRADO".

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VEJAM O PODER QUE A MÍDIA, E A BUNDA TEM! Tema: Critica social.

Assis Coimbra. (Engatinhante na arte da vida e do cordel)

Um matuto falando para o outro...

Cumpadl vou lhi contá

É fato mais qui provado,

Fiquei pensano um bucado

Mode dispois lhi falá.

Ninguém podi cumpará,

Cum sentavo ou cum vintén.

Nem cum mi nota de cem,

Cum trasêro cubiçado.

Por isso é qui tá provado,

U PODER QUI A BUNDA TEM.

*

É qui nas mias andança

Em cidadi i puvuado,

Fiquei mei abestaiado

Ao oiar muitha “fartança”.

Pois ao vê muitha “abundança”

Quasi inté me dá um “trem”.

Oiano muié que tem

Um bum bum aribitado.

Por isso é qui tá provado,

U PODER QUI A BUNDA TEM.

*

Óio na tilivisão

Muié di tudo que jeitho,

Cun corpão todo peifeitho

Vendeno moto e carrão.

Abisorventi i loção

Mostrano as curvas que tem,

E rebolano vão e vem

Cum vistitin bem grudado.

Por isso é qui tá provado,

U PODER QUI A BUNDA TEM.

*

Vejo inté qui arguma dela

Usa um tá de siliconi,

Modi parecê um cloni

Iguá muié de novela.

Inda aumentão os peitin dela

Pois é assim qui cunvém

Dispois dis qui é atriz tumém

E tá pronta pru mercado.

Por isso é qui tá provado,

U PODER QUI A BUNDA TEM.

*

Eu inté já uvi dizê

Qui acunteci in iscritóro,

Tumem nus laboratóro

Qui quando é modi iscolhê,

Arguem modi promovê,

Sapiença nun cunvem.

Mais sin a mué qui tem

Um trazero arredundado.

Por isso é qui tá provado,

U PODER QUI A BUNDA TEM.

*

Meu bom amigo “Mané”

Fico inté mi preguntano,

Cuma a coisa tá ficano

Em Deus vão perdê a fé.

Pois não dimora in café

Ni sua inbalagem vem,

Muié cem roupa tumêm

Prá mió ser disgustado.

Por isso é qui tá provado,

U PODER QUI A BUNDA TEM.

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AMOR DE BEIJA-FLOR!

Mote e glosa:Assis Coimbra. (Engatinhante na arte da vida e do cordel)

Na alvorada vi um vulto no jardim

Parecendo um pequeno "ser" alado,

Que voava pra frente e para o lado

Cheguei perto, vi que era um "Passarim".

Que ao me ver, posou mais perto de mim

Todo ornado com aura furta-cor.

Então vi que era um lindo "Beija-flor"

Visitando tão belas Margaridas.

E depois de "pousadas" repetidas,

LEVOU ROSAS NO BICO PRA SEU AMOR.

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ORAÇÃO À NOSSA SENHORA!

Assis Coimbra.( Engatinhante na arte da vida e do cordel)

Tu és o clarão na noite

E a brisa do amanhecer.

Tu és o símbolo da paz

Pra o guerreiro oferecer.

Tu és perdão para o ódio.

E da paz tu és custódio

PARA O BEM PERMANECER.

*

Tu és berço a balançar

Para criança dormir,

Também o pão que alimenta,

Pra com outro dividir.

És o fruto, e a bondade,

E também a caridade 

NA HORA DE REPARTIR.

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INJUSTIÇAS DE MAIS DE CINCO SÉCULOS. VAMOS DISCUTIR ISSO? Deixem seus comentários.

Quando os europeus invadiram o Brasil, aqui já "existia" algumas manifestações culturais, como por exemplo: Artes plásticas, canto, artesanatos, dança e com certeza teatro. Manifestações estas, feitas pelo o povo indigena, que equivocadamente, são chamadas de folclore. Mas não são! Pois folclore para mim, são mitos e lendas, assim como a mitologia grega e romana etc. Gosto de falar sobre estes temas, pois tem professores, diretores, coordenadores, educadores e "formadores de opinião," que insistem em achar que tais culturas, e literatura de cordel, são folclore. Repito, não São!! Abraços COIMBRANOS.

O ÍNDIO É UM CIDADÃO BRASILEIRO, QUE SOFRE INJUSTIÇAS A MAIS DE CINCO SECULOS.

Assis Coimbra. (Engatinhante na arte da vida e do cordel)

Quando Cabral cá chegou,
Em 22 de abril,
Encontrou muitas riquezas,
Inclusive o pau-brasil
E dele deu-se o nome
Pra essa terra varonil,
*
Encontrou muitos biomas,
Inclusive a Mata Atlântica,
Muitas áreas de Cerrado,
A Amazônia romântica.
De qualquer canto que olhava,
A vista era panorâmica.
*
A vegetação intensa,
De mata até a Caatinga,
Tinha matas ciliares,
E também a de restinga,
E água do pantanal
Prá abastecer a moringa.
*
Os rios eram todos limpos
Com peixes em quantidade,
Os índios eram milhões
Fazendo festividade,
Tomavam banho e pescavam,
Demonstrando agilidade.
*
Viviam grande harmonia
Nas tribos em que moravam,
Curumins brincavam livres
Na terra que tanto amavam,
Sem saber que os estranhos
De longe os observavam.
*
Os índios quando notaram
Estranhos nas suas terras,
Ficaram muito espantados,
Alguns fugiram pras serras,
E outros foram correndo,
Mas muitos travaram guerras( ... )

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Mote: Pois a força do bem sempre e capaz, de saber o sinônimo de amar!

Mote e glosa:Assis Coimbra( Engatinhante na arte da vida e do corde )

Pode o "homem" fazer tudo na vida!

Matar onça, marreco e gavião.

Fazer bala pra fuzil e pra canhão!

Ou até mesmo veneno inseticida.

Pode ainda tornar-se homicida

Disparando uma ogiva nuclear.

Mas garanto ele nunca vai acabar,

Com o afeto de quem "luta pela paz"!

Pois a força do "bem" sempre é capaz

DE SABER O SINÔNIMO DE AMAR!!

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O BRILHO DA LUA!

RECORDAÇÃO!

Mote e Glosa:Assis Coimbra. (Engatinhante na arte da vida e do cordel)

Eu levei o pensamento no passado

Através das pegadas que deixei,

Recordei os lugares que brinquei

E também das veredas do roçado.

Recordei do terreiro enluarado

E fogueiras pras festas de São João.

De meu pai que estendia a sua mão

Acenando à lapinha que passava.

E depois belo canto ele entoava

PRA CANTAR AS BELEZAS DO SERTÃO.

Imagem: http://coralaccordis.blogspot.com.br/2014/06/a-festa-de-sao-joao_19.html.

TENHO MEDO, MUITO MEDO!!

Assis Coimbra. (Engatinhante na arte da vida e do cordel)

Tenho medo de acordar

Sozinho na noite escura,

Tremendo de tanto frio

Na mais cruel amargura. 

E sempre vagando ao léu,

Morando em baixo do céu,

NUM TETO SEM COBERTURA.

*

Tenho medo da maldade

De amores inconsequentes,

Que fingindo nos amar

São mundanas prepotentes.

E que destrói toda vida,

Nos deixando sem guarida

COMO ANCIÕES DEPENDENTES.

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UM GOLE DE POESIA

Assis Coimbra. (Engatinhante na arte da vida e do cordel)

Um gole de poesia

Guimarães Rosa tomou,

Para escrever Sagarana

Que muitos contos narrou.

Entre eles Sarapalha

Drama, bonito e sem falha

QUE O TEATRO CONSAGROU.

*

Baco transformou uvas

Em vinhos com poesias,

E o povo comemorou

Bebendo todos os dias.

Assim fizeram cortejos,

Com farra, sexos e beijos,

NAS MSIS PROFANAS ORGIAS!

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NINFAS DE DE CASTÁLIA

Assis Coimbra.(Engatinhante na arte da vida e do cordel)

Belas ninfas de Castália

Dai-me vossa inspiração.

Pra que eu possa escrever versos

Ornados de criação.

Depois lhes convidarei,

Para irmos onde morei,

LA NAS PLAGAS DO SERTÃO!

*

Lá os prados vão sentir

Suas fragrâncias cheirosas,

Pois vocês entre as náiades

São as mais belas e formosas!

E quando a gente chegar,

Colibris, vão se curvar

PRA VOCÊS NINFAS VIÇOSAS!

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Mote: A lembrança em meu peito fez morada, e me leva ao passado todo dia!

Mote e Glosa:Assis Coimbra.(Engatinhante na arte da vida e do cordel)

Da soleira eu ficava a esperar

Para ver muita gente em procissão,

Que passavam louvando em oração

Seus pedidos pra Deus água mandar.

E depois esperavam melhorar

Pois a chuva "chegada" logo enchia,

De esperança o povo que ali vivia

E depressa a semente era plantada.

A lembrança em meu peito fez morada

E ME LEVA AO PASSADO TODO DIA.

Imagem:Extraída do Google.

Morram de trabalhar, que a historia e o capitalismo nunca se lembrarão de vocês!

Assis Coimbra. ( Engatinhante na arte da vida e do cordel )

A industria fez a camisa

E também o cinturão;

Fez o saiote bem curto

E também o cumpridão,

Fez também o lingerie,

Pra despertar a paixão.

*

Fez a cueca de seda

E também o ceroulão,

Fez a bermuda bonita,

Pro jogador o calção,

Também o preservativo,

Que se usa de montão.

*

Fizeram também a escova

Pra se limpar cada dente,

Pro homem ficar ligado

Fabricaram a aguardente,

E, para a menstruação,

Inventaram o absorvente.

*

Fizeram também a escova

Pra se limpar cada dente,

Pro homem ficar ligado

Fabricaram a aguardente,

E, para a menstruação,

Inventaram o absorvente.

*

Uma tal pinça inventaram

Pra sobrancelha tirar,

E também um sabonete

Para poder se banhar,

Até uma loção cremosa,

Para no corpo passar.

*

Para se gerar a luz,

Usinas foram criadas,

Nuclear e a hidrelétrica —

Todas foram inventadas

E também das termoelétricas

Energias são tiradas.

*

Criou um tal home-teather, 

Pra imitar som de cinema,

Também a esferográfica

Substituindo a pena, 

Também fabricou o terço

Pra se rezar a novena(...)

Direitos autorais protegidos 

pela Lei nº. 9.610 de 19/02/1998.

Imagem:Extraída do Google.

Mote: Pois se assim não cantar perco a razão, e o meu verso não serve pra ninguém.

Mote e glosa:Assis Coimbra (Engatinhante na arte da vida e do cordel)

Minha arte, é divertida é engajada

É do riso, é do pranto e é da dor!

É do rico, é do pobre e do doutor

E do belo chegar da alvorada.

É do pária que vive na calçada 

Que é chamado por muitos Zé-ninguém.

É a vontade de estar com o meu bem

E não ver mais ninguém na exclusão.

Pois se assim não cantar perco a razão...

E O MEU VERSO NÃO SERVE PRA NINGUEM!

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Mote: Pois as rimas que usa no cordel, aprendeu nas quebradas do sertão.

Mote e glosa:Assis Coimbra.(Engatinhante na arte da vida e do cordel )

Viajei pelas trilhas do destino

Para ver qual seria meu futuro,

E voltei para casa mais seguro

Quando olhei bem na face do divino.

E ele disse:-Tu és o peregrino

À cantar todo povo do seu chão,

E jamais para eles diga não

Que assim deixará de ser fiel.

Pois as rimas que usa no cordel...

APRENDEU NAS "QUEBRADAS" DO SERTÃO!

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